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‘Tomaremos todas as medidas possíveis’, diz AMB após vazamento de dados de médicos pró-vacina

A Associação Médica Brasileira considera a ação ‘criminosa, lamentável e condenável’, enquanto Queiroga tenta se livrar de responsabilidade

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Foto: André Borges/AFP
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A Associação Médica Brasileira divulgou nesta sexta-feira 7 uma nota de repúdio ao vazamento de dados de médicos que participaram de audiência pública sobre a imunização de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19.

“Informamos que tomaremos todas as medidas possíveis para responsabilizar os detratores dos médicos, inclusive do ponto de vista legal”, diz a manifestação da AMB.

Além de considerar a ação “criminosa, lamentável e condenável”, a associação afirmou que o episódio “configura ataque à liberdade de pensamento e de expressão, tentativa de intimidação, além de método de incitar ameaças por parte das forças negacionistas a médicos comprometidos exclusivamente com a Ciência e a boa assistência aos brasileiros”.

O vazamento de dados, protagonizado pela deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) em grupos de Whatsapp, atingiu a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai; o membro da Sociedade Brasileira de Pediatria Marco Aurélio Sáfadi; e o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações Renato Kfouri.

Na nota, a AMB ainda afirma que as mesmas forças negacionistas e antivacinas foram as responsáveis por retardar a imunização de crianças no País ao fazerem coro contra a Ciência.

Nesta sexta-feira, questionado sobre a responsabilidade do Ministério da Saúde pelo vazamento dos dados de médicos, Marcelo Queiroga se limitou a dizer: “Eu sou ministro da Saúde, não sou fiscal de dados do Ministério”.

 

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