Tribunal absolve homem que matou manifestantes antirracistas nos EUA

O veredito 'envia uma mensagem de que civis armados podem incitar a violência', lamenta o pai de uma das vítimas

Então com 17 anos, Kyle Rittenhouse se juntou a homens armados que se autodenominavam "grupos de autodefesa" (Foto: POOL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

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O jovem branco de 18 anos que atirou em três homens e matou dois deles durante uma manifestação antirracista em Kenosha, nos Estados Unidos, foi absolvido nesta sexta-feira 19. O episódio ocorreu em agosto de 2020.

Kyle Rittenhouse matou Joseph Rosembaum e Anthony Huber com um fuzil AR-15 – à época, o responsável pelas mortes tinha 17 anos.

Em 23 de agosto de 2020, quando os Estados Unidos eram palco de gigantescas manifestações contra o racismo e a violência policial, Kenosha explodiu em chamas após policiais brancos ferirem gravemente um jovem negro, Jacob Blake, com um tiro nas costas.

Na terceira noite de manifestações, Rittenhouse se juntou a homens armados e abriu fogo. Acusado de assassinato, Rittenhouse se declarou inocente, alegando ter “se defendido” de agressões. “Eu só queria deter as pessoas que me atacaram”, disse ele no tribunal.

Os pais de Huber, um dos mortos, afirmaram em um comunicado que estavam “com o coração partido” e que o veredito “envia uma mensagem inaceitável de que civis armados podem incitar a violência e matar pessoas”.

Rittenhouse foi inocentado de duas acusações de homicídio, uma de tentativa de homicídio e duas de ameaça à segurança pública.


(Com informações da AFP)

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