TSE concede direito de resposta a Lula na propaganda de Bolsonaro sobre votação em presídios

A campanha do ex-capitão terá de veicular os esclarecimentos do petista; em caso de descumprimento, deverá pagar uma multa de R$ 50 mil

Fotos: NELSON ALMEIDA e EVARISTO SA / AFP

Apoie Siga-nos no

A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral, concedeu nesta quarta-feira 19 um direito de resposta à campanha do ex-presidente Lula (PT) contra afirmações do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que o petista recebeu a maioria dos votos em presídios no primeiro turno.

A campanha do ex-capitão terá de veicular os esclarecimentos de Lula e, em caso de descumprimento da determinação, deverá pagar uma multa de 50 mil reais.

O despacho acolhe um pedido da coligação petista, que questionou duas inserções bolsonaristas, veiculadas em 11 e 12 de outubro, a afirmar que Lula teve a maioria dos votos no presídio do Tremembé, em São Paulo, e em uma penitenciária da Paraíba.

Para a ministra, não haveria nenhuma informação falsa ou descontextualizada na peça, uma vez que elas se apoiariam em matérias da imprensa. Mas, segundo Bucchianeri, em um julgamento semelhante prevaleceu o voto do presidente da Corte, o ministro Alexandre de Moraes, a conclur que houve “grave descontextualização de fatos e falas” na propaganda.

“Assim, tendo eu ficado vencida quanto à legalidade desta peça publicitária, curvo-me à orientação colegiada desta Corte Eleitoral, que assentou que o conteúdo de todas as inserções de 30 segundos ora questionadas é sabidamente inverídico e, como consequência, defiro o pedido de direito de resposta”, escreveu.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.