CartaExpressa

Twitter decide não informar à CPMI do 8 de Janeiro as contas excluídas por conteúdo golpista

A plataforma alegou que as requisições são ‘excessivamente amplas e genéricas, não necessariamente ligadas ao escopo da CPMI’

Foto: Constanza HEVIA / AFP
Apoie Siga-nos no

O Twitter decidiu não fornecer as informações solicitadas pelo deputado Duarte (PSB-MA), membro da CPMI do 8 de Janeiro, sobre as contas punidas devido a postagens de caráter golpista.

O parlamentar havia solicitado, entre outros dados, a relação de todas as contas excluídas pela plataforma, as informações utilizadas no cadastro e o motivo para punição entre 1º de outubro de 2022 e 25 de maio deste ano. Ele também demandava esclarecimentos sobre a exclusão de perfis por conteúdo relacionado aos atos golpistas.

Segundo o Twitter, porém, as requisições são “excessivamente amplas e genéricas, não necessariamente ligadas ao escopo da CPMI”.

“Ainda que todas as contas suspensas, todos perfis verificados acionados e todas as denúncias recebidas pelas Operadoras do Twitter – a nível mundial – nos períodos indicados no Requerimento estivessem relacionadas aos atos cometidos em 8 de janeiro – o que se menciona apenas para argumentar –, ainda assim seria irrazoável impor ao TWITTER BRASIL a obrigação todas fornecer as informações requisitadas”, diz um trecho da resposta da empresa.

A rede social alega, ainda, que atender ao pedido de Duarte “representaria uma tarefa descomunal, com implicações técnicas e logísticas significativas, além de fugir ao escopo e prejudicar os próprios trabalhos da CPMI pelo enorme volume de informações”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.