CartaExpressa

Veto da China à carne brasileira já dura mais de um mês e assusta governo

No início de setembro, o Brasil suspendeu os embarques da proteína ao país asiático depois da confirmação de casos da vaca louca

Foto: Istock
Apoie Siga-nos no

Autoridades brasileiras estão perplexas, de acordo com reportagem do jornal Financial Times, após a China não retomar as importações de carne brasileira.

No início de setembro, o Brasil suspendeu voluntariamente os embarques da proteína ao país asiático depois da confirmação de dois casos de doença da vaca louca em diversos frigoríficos nacionais.

De acordo com a publicação, muitos esperavam que, com nenhum sinal da doença, as exportações retomassem rapidamente. A suspensão já dura quase seis semanas.

“O Brasil foi totalmente transparente com as autoridades sanitárias chinesas. Temos respondido prontamente a todos os pedidos de informação dirigidos a nós. Além disso, solicitamos uma reunião técnica, ainda não agendada pelas autoridades chinesas, que afirmam estar analisando as informações que enviamos”, disse um funcionário do Ministério da Agricultura.

“Não podemos estabelecer uma data para a retomada das exportações de carne bovina para a China porque a decisão não depende de nós”, acrescentou.

Ao jornal, um executivo de um grande frigorífico disse estar “surpreso que a suspensão tenha durado tanto e esperamos uma solução em breve, mas sem garantias”.

A China é o maior destino dos produtos brasileiros. A suspensão, segundo a publicação,  ameaça dizimar exportações de aproximadamente 4 bilhões de dólares por ano  (21,8 bilhões de reais).

 

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.