Vídeo flagra vacinação clandestina de empresários em MG

Segundo a revista piauí, cerca de 50 pessoas furaram a fila e se imunizaram com doses da Pfizer

Foto: Reprodução

Apoie Siga-nos no

Vieram à tona vídeos de empresários e políticos ligados ao setor de transporte em Minas Gerais que, conforme denúncia da revista piauí, furaram a fila da vacinação contra a Covid-19 e tomaram a primeira dose do imunizante da Pfizer em Belo Horizonte, na última terça-feira 23.

Segundo a reportagem, o grupo adquiriu as doses e não as repassou ao Sistema Único de Saúde. Quem participou da vacinação teria desembolsado 600 reais.

A organização da imunização irregular seria de responsabilidade dos irmãos Rômulo e Robson Lessa, proprietários da Saritur. À piauí, Clésio Andrade, ex-senador e ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte, confirmou ter recebido uma dose da vacina, mas negou ter pago 600 reais. “Minha vacinação [pelo SUS] seria na semana que vem, eu nem precisava, mas tomei”.

Ao instaurar um procedimento criminal nesta quinta, o Ministério Público Federal afirmou que “se a aquisição das vacinas se deu antes da data da aprovação da vacina da Pfizer pela Anvisa, pode ter ocorrido o crime do artigo 273, parágrafo 1º-B, I, do Código Penal. Se foi feita depois, pode ser o crime de descaminho (art. 334-A). Neste caso, todos os que foram vacinados podem responder pelo crime de receptação”. A Polícia Militar de Minas registrou ocorrência após receber os vídeos.

Em nota, a Pfizer afirmou que “nega qualquer venda ou distribuição de sua vacina contra a COVID-19 no Brasil fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização. O imunizante COMIRNATY ainda não está disponível em território brasileiro. A Pfizer e a BioNTech fecharam um acordo com o Ministério da Saúde contemplando o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 ao longo de 2021”.

Assista ao vídeo:


 

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.