O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alertou para a possibilidade de ser preso por “ato antidemocrático” em uma reunião com ministros em 5 de julho de 2022.
A reunião é um dos elementos que basearam a operação da Polícia Federal sobre a articulação de um golpe de Estado após a última eleição.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, derrubou o sigilo da gravação nesta sexta-feira 9.
“Eu não tenho dúvida do que está acontecendo. Não tenho prova de muita coisa, mas não tenho dúvida”, disse Bolsonaro em um momento do encontro. “Eu tenho que me virar acreditando que vai dar tudo certo ano que vem? Eu vou descer daqui da rampa preso por atos antidemocráticos.”
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
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