A Defensoria Pública da União solicitou aos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio Monteiro, um reforço na quantidade de aviões e helicópteros e no apoio logístico à Terra Indígena Yanomami, atingida por uma grave crise humanitária.
No ofício, enviado nesta segunda-feira 30, a DPU destaca a insuficiência “do número de aeronaves disponíveis para a distribuição de alimentos e medicamentos”. Além disso, cita relatos de indígenas sem acesso ao atendimento médico e sob coação de garimpeiros.
Alerta, ainda, para a necessidade do emprego de mais homens das Forças Armadas “para o auxílio logístico a profissionais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas e da Secretaria de Saúde Indígena”.
“Diante deste cenário de guerra, para que o Estado brasileiro consiga garantir o direito à existência dos povos indígenas que vivem na Terra Indígena Yanomami será fundamental lançar mão de toda a estrutura logística possível, sem qualquer limitação orçamentária”, diz um trecho do documento.
A crise humanitária na região tem sido alvo do governo federal. O Ministério da Saúde decretou estado de emergência no último dia 20, com o objetivo de combater a falta de assistência sanitária que atinge os yanomamis. O presidente Lula (PT) também criou um comitê para acompanhar a ação no território. De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, cerca de 570 crianças yanomamis morreram por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome nos últimos quatro anos.
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