Cultura

A culpa é de Che

Infância Clandestina, em cartaz a partir desta sexta 7, encara o cotidiano político da ditadura argentina e da guerilha sob o olhar infantil

A culpa é de Che
A culpa é de Che
Contraofensiva. Natalia Oreiro, Teo Gutiérrez Romero e Césa Troncoso, rumo às armas
Apoie Siga-nos no

Infância Clandestina


Benjamin Ávila

O recurso do olhar infantil para encarar um painel político de ditadura não é a novidade a se buscar em Infância Clandestina, filme argentino em cartaz na sexta 7. Na própria cinematografia do país há exemplos como Kamchatka, assim como na europeia, caso de A Culpa é do Fidel, e por aqui em O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias. Mas isso não diminui o encanto que o diretor Benjamin Ávila alcança em meio ao cenário duro da guerrilha, quando opositores ao regime militar exilados voltam clandestinos, em 1979, para a chamada ‘contraofensiva’.  Operação levada pelo grupo Montoneros, dos mais radicais à época.

Os pais do garoto Juan (Teo Gutiérrez Romero) integram a organização e retornam de Cuba para pegar em armas. Estabelecem-se com nomes falsos, o pai como Daniel (César Troncoso), a mãe como Charo (Natalia Oreiro). Juan se torna Ernesto, alusão clara a Ernesto Che Guevara. Conviverá assim na escola com os amigos, descobrirá o primeiro amor e testemunhará o cotidiano incerto e tenso da luta política, quebrado pelas brincadeiras do tio (Ernesto Alterio). O contexto de fonte autobiográfica convence também porque Ávila, agora com a colaboração no roteiro do brasileiro Marcelo Müller, já havia explorado memórias da ditadura em documentário anterior.

Infância Clandestina


Benjamin Ávila

O recurso do olhar infantil para encarar um painel político de ditadura não é a novidade a se buscar em Infância Clandestina, filme argentino em cartaz na sexta 7. Na própria cinematografia do país há exemplos como Kamchatka, assim como na europeia, caso de A Culpa é do Fidel, e por aqui em O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias. Mas isso não diminui o encanto que o diretor Benjamin Ávila alcança em meio ao cenário duro da guerrilha, quando opositores ao regime militar exilados voltam clandestinos, em 1979, para a chamada ‘contraofensiva’.  Operação levada pelo grupo Montoneros, dos mais radicais à época.

Os pais do garoto Juan (Teo Gutiérrez Romero) integram a organização e retornam de Cuba para pegar em armas. Estabelecem-se com nomes falsos, o pai como Daniel (César Troncoso), a mãe como Charo (Natalia Oreiro). Juan se torna Ernesto, alusão clara a Ernesto Che Guevara. Conviverá assim na escola com os amigos, descobrirá o primeiro amor e testemunhará o cotidiano incerto e tenso da luta política, quebrado pelas brincadeiras do tio (Ernesto Alterio). O contexto de fonte autobiográfica convence também porque Ávila, agora com a colaboração no roteiro do brasileiro Marcelo Müller, já havia explorado memórias da ditadura em documentário anterior.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo