Cultura
Ailton Krenak é o 1º indígena eleito à Academia Brasileira de Letras
O escritor venceu a disputa pela cadeira número 5 contra o também indígena Daniel Munduruku
O escritor Ailton Krenak foi eleito nesta quinta-feira 5 para ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Ele concorreu com a historiadora Mary Del Priore e o também líder indígena Daniel Munduruku, que disputou a cadeira pela segunda vez.
Krenak é a primeira pessoa indígena a chegar à instituição. Sua candidatura recebeu forte apoio popular e de entidades indígenas após o primeiro “não” recebido por Munduruku.
Os candidatos disputavam a cadeira número 5, antes ocupada pelo historiador José Murilo de Carvalho. O patrono da cadeira é Bernardo Guimarães, romancista do século XIX conhecido pela novela Jupira.
Ailton Krenak, nascido em 1953, em Itabirinha (MG), é um dos organizadores da Aliança dos Povos da Floresta, uma organização que reúne comunidades indígenas e ribeirinhas no eixo amazônico. Suas obras dão destaque à cultura indígena e à ancestralidade na história do Brasil.
O autor ganhou notoriedade nos últimos anos após a publicação da quadrilogia com Futuro Ancestral, A vida não é útil, Ideias para adiar o fim do mundo e O amanhã não está à venda.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.