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Começar um livro pelo índice é, para Dennis Duncan, como entrar em um palácio pela latrina. Mas é a eles que o pesquisador dedica seu tempo

Do século XIII ao Google. O estudioso britânico, espirituoso em seu relato, se diz enlevado pelo “cheiro doce de mofo dos manuscritos de couro medievais” – Imagem: London Lambeth Palace, Stuart Simpson, Harry Ranson Center e Folger Shakespeare Library
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Um índice é uma ferramenta esdrúxula: ele nos permite entrar furtivamente em um livro pelo final, economizando o tempo que levaríamos para avançar no texto desde o início. Jonathan Swift, citado por Dennis Duncan em Índice, Uma História do, seu espirituoso e amplo estudo sobre o assunto, compara os leitores que usam esses atalhos a viajantes que entram em um palácio pela latrina.

Em duas outras anedotas, Duncan identifica o índice remissivo como um esconderijo conveniente para acadêmicos traidores. Na década de 1690, uma facção sarcástica da Christ Church, em Oxford, difamou o grande filólogo ­Richard Bentley imitando um índice que remetia a páginas sobre “sua iminente monotonia” ou “seu relacionamento familiar com livros que nunca viu”.

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