Em tempos bíblicos, em face da ameaça de extermínio provocado por dilúvios, dava-se ao reino animal a possibilidade de uma salvação planejada – em geral, oferecida por divindades a seu representante predileto, o ser humano. Mandavam-no construir uma embarcação para salvar vidas específicas.
Nos tempos de agora, conforme narrado pele autor santista Manoel Herzog em A Língua Submersa, os humanos não receberam a mesma oportunidade, e salvou-se quem pôde. A história se passa num futuro próximo, no qual a inundação da Terra foi acelerada por uma ação bélica da China, que bombardeou as calotas polares.
ASSINE CARTACAPITALSeja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.
0 comentário
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login