Cultura
Elisa Lucinda se diz confiante na vitória de Lula: ‘O povo sabe quando é desprezado’
Em entrevista a CartaCapital, artista analisou o atual cenário político e falou sobre novidades de sua carreira
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/08/DSC_6437-1.jpg)
Escritora, atriz, cantora e jornalista, Elisa Lucinda está acompanhando atentamente o caminhar da eleição deste ano – e torce para a possibilidade de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a vença já no 1º turno.
Em entrevista a CartaCapital, transmitida ao vivo no Instagram nesta segunda 15, a artista enumerou uma série de condições favoráveis que, em sua opinião, facilitarão a vitória do petista nas urnas. Na noite de segunda, aliás, o Ipec indicou que o ex-presidente tem 44% das intenções de voto no 1º turno.
“Temos uma oportunidade ímpar de retomar o Brasil ao colo da democracia”, afirmou. “Temos a oportunidade de ganhar no 1º turno. As notícias de hoje são boas. A entrada do [André] Janones é fundamental, da Anitta.”
“Houve um plantio de muito desprezo ao povo brasileiro. O povo sabe quando é desprezado e quando não é. Vamos virar esse jogo”, diz Elisa Lucinda. Bem-humorada, ela também alfinetou o eleitorado mais jovem. “Jovens que tiraram o título, não é para votar no atraso!”
Lucinda também criticou Bolsonaro. Para a artista, há uma contradição na associação que ele faz da própria imagem à religião. “Pelo amor de Deus, ninguém pode falar em Jesus e arma ao mesmo tempo. Não cabe. Arma não está em versículo nenhum”, afirmou.
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Sempre em trânsito por diferentes formas de fazer arte, seja representando uma personagem, escrevendo e declamando poemas ou cantando, Lucinda diz se sentir “convocada” a se posicionar politicamente.
“Eu não gostaria de ser uma artista cuja arte não servisse para iluminar o seu tempo”, diz ela. “Acho um pouco covarde você ter um povo que lê minha poesia, vai no meu teatro, compra o meu teatro, grita o meu nome e pede o meu autógrafo. E eu vou ficar a favor de quem trai esse povo? Eu não posso. Não posso ficar a favor de um governo que não tem Ministério da Cultura.”
A entrevista na íntegra está disponível na aba de vídeos do Instagram de CartaCapital.
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