Djalma Marques tinha 19 anos quando, escondido da família, montou seu primeiro boi para uma brincadeira organizada pelo pai. O ano era 1957 e, dali em diante, não parou mais. Em Mirinzal, cidade de 14 mil habitantes situada a 200 quilômetros de São Luís, no Maranhão, ele aperfeiçoou-se em técnicas construtivas com madeiras locais, como jeniparana, cedro e buriti, e burilou a arte de bordar paetês, miçangas e canutilhos.
Há quase sete décadas, seus bois, vestes e chapéus povoam a região nas festas do Bumba Meu Boi, declarado pela Unesco, em 2019, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Cada boi leva 60 dias para ficar pronto, e os chapéus de zabumba, conhecidos por suas franjas, chegam a pesar mais de 3 quilos, devido ao capricho na escolha dos materiais.
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