Cultura

MPF arquiva procedimento contra Roger Waters por uso de uniforme nazista em show na Alemanha

Uma notícia fato pedia que o músico fosse proibido de entrar no País

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Apoie Siga-nos no

A Procuradoria Regional do Rio de Janeiro arquivou uma notícia de fato que buscava proibir o músico Roger Waters de entrar no Brasil e realizar apresentações.

As advogadas que assinam o pedido ainda requisitavam o cancelamento de todos os shows do artista previstos para ocorrer no País.

As medidas cautelares foram solicitadas após o ex-integrante da banda Pink Floyd usar um uniforme nazista durante uma apresentação em Frankfurt, na Alemanha. 

Pelas redes sociais, o músico disse à época que suas apresentações demonstravam uma clara oposição ao racismo. 

Os procuradores entenderam que as medidas demandadas seriam desproporcionais e promoveram o arquivamento da peça.

Segundo o MPF, “a forma escolhida para realizar a crítica aos regimes autoritários, à extrema-direita e ao Estado de Israel pode ser considerada chocante e de mau gosto, mas expressa o pensamento político do cantor na apresentação”.

“A liberdade de expressão, como garantia que permite a pluralidade de ideias e de pensamentos, fornece mecanismos para que Waters possa ser criticado pelos métodos utilizados e pela escolha da manifestação artística veiculada em seu show, mas não censurado por sua forma de pensar – ainda que a expressão de suas ideias possa ter ocorrido por meio de ‘comportamentos expressivos’ inadequados ou deseducados.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo