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O mundo contido em um diário

A historiadora francesa Arlette Farge apresenta, com sutileza e espírito crítico, conta a vivência de uma mulher que, no século XVIII, rebelou-se contra seu destino

Entre arquivos. A autora vasculha o passado em busca de “relatos de vidas minúsculas” - Imagem: Sylvain Boyer/Sorbonne Library e iStockphoto
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Arlette Farge é uma historiadora francesa especializada em um trabalho de arquivo peculiar e instigante. Ela vasculha pastas do passado em busca de histórias mínimas, relatos de “vidas minúsculas”. Um de seus livros, A Revolta da Senhora Montjean: a História de Uma Heroína Singular às Vésperas da Revolução Francesa, de 2016, acaba de ser lançado no Brasil, e é difícil escapar de definições como “brilhante” e “espetacular” diante da narrativa que Farge apresenta.

Trata-se de um diário manuscrito que cobre nove meses entre 1774 e 1775, encontrado por Farge nos Arquivos Nacionais de Paris. Quem toma a palavra é o Senhor Montjean, alfaiate estabelecido em Paris que se vê diante de um problema: depois de uma estada de um mês no campo, na casa do pai, sua esposa, a senhora Montjean, se recusa a “trabalhar na butique e a honrar os pedidos”, decidindo que suas ocupações, a partir de então, “são passear, cuidar da aparência e ter relações mais ou menos amorosas, na companhia de homens e mulheres de ­status social mais alto que o seu”.

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