Cultura
Os filhos da bomba atômica
Em seu primeiro romance desde A Estrada, de 2006, Cormac McCarthy flerta com a ciência e mostra um planeta à beira da aniquilação
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“Toda história física se transforma numa quimera com o passar do tempo”, diz uma personagem no novo romance de Cormac McCarthy, O Passageiro. A narrativa histórica é, para o autor norte-americano, a força motora da sociedade e das tramas que ele engendra. “As coisas separadas de suas histórias não têm significado. Elas são apenas formas”, escrevia ele três décadas atrás, em A Travessia (1994).
No novo livro, o primeiro em 16 anos, o autor dá forma à história por meio da narrativa íntima de um irmão e uma irmã. Lidando com temas caros à sua obra, como família e apocalipse, ele não se contenta em ficar na zona de conforto e amplia desta vez seu horizonte para questões científicas.
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