Cultura

Senado prorroga o prazo para uso de dinheiro da Lei Paulo Gustavo

A lei de fomento ao setor cultural homenageia o ator e humorista que morreu em 2021, vítima da Covid-19

O plenário do Senado na votação do PL do Marco Temporal. Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

O Senado aprovou por unanimidade nesta terça-feira 14 uma proposta que amplia o prazo para execução dos recursos da Lei Paulo Gustavo. Na prática, estados e municípios poderão continuar a utilizar a verba destinada ao setor cultural até dezembro de 2024.

A legislação entrou em vigor em 2022, após o Congresso Nacional derrubar um veto do então presidente Jair Bolsonaro (PL) ao texto. A norma prevê um repasse de 3,8 bilhões de reais a projetos culturais para atenuar os impactos da pandemia de Covid-19 no setor.

A lei homenageia o ator e humorista Paulo Gustavo, que morreu em 2021, vítima da doença.

Os recursos deveriam ter sido distribuídos e utilizados em 2022. Porém, em uma manobra, Bolsonaro editou uma medida provisória para postergar o início dos repasses até 2023. A transferência dos recursos e a regulamentação da lei só ocorreram em maio deste ano.

Os recursos, que têm origem nos fundos Setorial do Audiovisual e Nacional de Cultura, deverão ser distribuídos da seguinte forma:

  • 2.8 bilhões de reais para o setor audiovisual; e
  • 1 bilhão de reais para demais áreas culturais.

A norma nasceu do Projeto de Lei Complementar 73, apresentado por senadores em dezembro de 2021. De autoria de Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), o texto obteve 74 votos favoráveis e nenhum contrário no plenário. O projeto de extensão segue para a Câmara dos Deputados.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo