Augusto Diniz | Música brasileira

Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.

Tássia Reis lança trabalho com músicas sólidas em ritmo dance

Cantora e compositora dá sequência revigorada ao projeto do álbum Próspera de 2019

Foto: Lucas Silvestre/Divulgação

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O terceiro registro fonográfico de Tássia Reis, lançado em 2019, fez muito barulho. O Próspera apresentou uma cantora e compositora com canções amadurecidas, letras reflexivas e bem alinhadas. Veio a pandemia e Tássia decidiu revigorar o projeto.

“Remixei o conceito. O Próspera de 2019 fez muito mais sentido na pandemia. Precisamos desse otimismo”, afirma ela, uma cantora que mistura rap, pop, soul e, agora, house music e dance neste novo álbum com o nome de Próspera D+.

 

 

Foram remixadas quatro faixas do álbum de 2019, inclusive Preta D+, emblemática canção de orgulho negro, forte e inspiradora.


“Na pandemia, a gente teve que conviver com a gente mesmo. Foi um mergulho no autoconhecimento”, diz. “Foi preciso jogar para cima nossa energia. Reerguer desse momento tão difícil”.

Quatro músicas ela repetiu do Próspera, sem alterá-las: “Elas faziam mais sentido agora”. E três composições são inéditas.

“Eu precisava dessa energia. Mesmo sendo positiva, o momento da pandemia ficou triste”, diz. O fato também de seu público pedir para que continuasse o projeto conceitual de Próspera, um trabalho que, de fato, confere identificação com o ouvinte jovem, fez com que trabalhasse novas versões das músicas gravadas, juntar com inéditas e até trazer canção que não tinha entrada no álbum de 2019.

A ideia do Próspera D+ foi essencialmente juntar o lado compositora consistente de Tássia com o lado dançante. “Fazer uma música dançante com um conteúdo massa”, resume ela.

O disco novo tem participação de Tulipa Ruiz, Urias, Preta Ary, Monna Brutal e Melvin Santhana. Nas produções musicais, Evehive, Th4i, Theo Zagrae, Jules Hiero, Eduardo Brechó, Jhow Produz e Nelson D.

Tássia manda o recado de se reerguer e manter-se forte. O disco espelha bem esse desejo, aliado ao empenho de fazer um ritmo dance com relevância, em meio a um momento difícil.

A cantora voltou a fazer show com sua banda. O primeiro foi no Sesc Belenzinho, em São Paulo, nos dias 23 e 24 de outubro, palco íntimo dela.

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