Na obra do escritor português José Luís Peixoto, a memória e seus meandros têm um papel fundamental. E não é diferente Almoço de Domingo, que foi originalmente publicado em 2021 e chega agora ao Brasil. Mas, no novo romance, o autor, embora se mantenha ancorado à memória, experimenta diferentes gêneros, atravessando narrativas como a biográfica e a histórica.
“O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma pessoa”, diz o narrador. Esta é uma questão fundamental do livro: o lugar único que uma pessoa e suas lembranças ocupam no mundo.
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