O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lança nesta sexta-feira 20 a campanha Construir para Reconstruir, em homenagem ao Dia da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro.
A campanha rompe com um hiato de quatros anos em que Jair Bolsonaro (PL) não propôs ou executou qualquer projeto destinado a esta parcela da população. Durante os últimos anos, políticos aliados do ex-capitão tentaram problematizar a transgeneridade em meio à agenda da ‘ideologia de gênero’.
A ação ocorrerá nas redes sociais e envolverá uma série de publicações sobre os avanços legais dos direitos trans no País. A secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, será a porta-voz da campanha, que ocorrerá até o dia 30. Larrat é a primeira travesti a assumir um cargo no governo federal.
Com mensagens como “A minha existência não fere você, mas o seu preconceito me impede de viver”, as publicações planejam divulgar o canal de atendimento gerido pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, o Disque 100, para incentivar denúncias de violações aos direitos LGBTQIA+. Outro foco da campanha será dar visibilidade às pessoas ‘silenciadas’ em razão de sua expressão de gênero e orientação sexual.
Também haverá a transmissão ao vivo de uma mesa com Symmy Larrat e representantes do movimento trans na sexta-feira 27.
Em nota para promover o evento, o governo afirma que o País é um dos que mais matam pessoas LGBTQIA+. Em 2021, o Brasil registrou 179 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
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