As pequenas e médias empresas do Rio Grande do Sul enfrentaram um impacto significativo em maio, com uma queda de 10% no faturamento em comparação com a média dos primeiros quatro meses de 2024, conforme apontado pelo Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs).
Comércio e indústria são os mais atingidos
O IODE-PMEs, que monitora empresas com faturamento anual de até R$ 50 milhões, revelou que as PMEs do setor de comércio foram as mais afetadas, registrando uma queda de 25% no faturamento devido às enchentes. As indústrias também sofreram uma redução expressiva, com uma retração de 19%.
Setor de serviços sofre menos
As PMEs do setor de serviços sentiram menos os efeitos das enchentes, com uma redução de 3%. Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, destacou que o setor de tecnologia, especialmente empresas de ‘Informação e Comunicação’, ajudou a suavizar a queda. No entanto, áreas como ‘Alojamento e alimentação’ e ‘Artes, cultura, esporte e recreação’ tiveram perdas significativas, variando de 30% a 50%.
Desempenho nacional versus regional
Enquanto as PMEs do Rio Grande do Sul enfrentaram desafios, o cenário nacional mostrou um crescimento. De janeiro a maio de 2024, as PMEs brasileiras cresceram 13,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Na região gaúcha, antes das enchentes, o índice indicava uma expansão de 6% até abril.
Relevância econômica do Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul é a quinta maior economia do Brasil, representando 6% do PIB nacional, com cerca de 1,5 milhão de empresas. Aproximadamente 80% dessas empresas estão em municípios severamente afetados pelas enchentes. O IODE-PMEs não só mede os efeitos imediatos das enchentes, mas também ajudará a monitorar a recuperação das PMEs no curto prazo.
Sobre o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs)
O IODE-PMEs, desenvolvido pela Omie, acompanha a performance econômica das pequenas e médias empresas no Brasil. O índice utiliza dados de movimentações financeiras de mais de 150 mil clientes, cobrindo 678 atividades econômicas. Os dados são ajustados com base no IGP-M para eliminar efeitos inflacionários, proporcionando uma visão clara da evolução financeira das PMEs.
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