Economia

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A contradança das moedas

Um esquema para equilibrar países superavitários e deficitários

Lula e Alberto Fernandez durante anúncio de uma moeda comum com garantias reais para trocas comerciais na América Latina - Imagem: Ricardo Stuckert/PR
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Dois sabichões de Crematística, Paul Krugman e ­Olivier Blanchard, dispararam seus arcabuzes contra o projeto de um novo regime para regular as transações comerciais entre os países latino-americanos. O projeto foi apenas anunciado no encontro entre os presidentes do Brasil e da Argentina, ­Lula e Alberto Fernández. Apenas anun­ciado, mas alvejado pelo tiroteio dos dois reverenciados economistas. ­Krugman bateu firme: “Uma ideia terrível”.

Um pouco de história. Na derradeira versão de sua proposta apresentada em 1943, antes dos debates em Bretton ­Woods, Keynes traçou o perfil do Bancor. Ele dizia que as turbulências monetárias dos anos 20 recomendavam a adoção de uma moeda internacional que não seja determinada de forma imprevisível ou arbitrária, como, por exemplo, pela oferta de ouro, nem esteja sujeita a grandes flutuações, devido às políticas dos países individuais; mas, sim, regulada pelas necessidades reais do comércio mundial, ou seja, suscetível de expansão ou contração, para compensar tendências deflacionárias ou inflacionárias na demanda global efetiva.

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