Economia
A pirâmide balança
Os negociantes de criptomoedas caem na real
Persiste o abalo sofrido pelas criptomoedas devido ao colapso da stablecoin TerraUSD, que devia valer 1 dólar, mas caiu a 33 centavos. Nos últimos dias, o bitcoin continuava abaixo de 30 mil dólares e acumulava perda de 56% ante o recorde de novembro (67.527 dólares). Quase todas as outras cem cripto de maior capitalização estavam em baixa, inclusive as stablecoins, cujo valor é referenciado/lastreado em ativos como dólar, euro e títulos públicos. “Com o aumento generalizado de taxas de juro, uma parcela dos investidores vai olhar para movimentos que tenham uma combinação de risco/retorno mais razoável”, diz o professor Edgard Cornacchione, presidente da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). “É o esperado de qualquer ativo de risco, porém não acho que as criptomoedas vão acabar”, ressalva. Parte da explicação, diz ele, advém da própria interferência das stablecoins, que atraíram parte do mercado tradicional para o universo das criptomoedas, sujeitando a bitcoin e companhia às mesmas variáveis que movem ações, ouro, imóveis, moedas. “Mas as variáveis que intervêm na flutuação das cripto são menos conhecidas e menos explicadas. Então, se você não sabe o que é um algoritmo e como funciona, não se arrisque com criptomoedas”, adverte.
Imagem: Fundo NordSip
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