Economia

Banco Central deve manter Selic em 10,5%, projetam bancos privados

Bradesco, Santander, Itaú e BTG Pactual foram unânimes na previsão em relação ao índice

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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Quatro dos maiores bancos privados do Brasil projetam que o Banco Central (BC) não devem cortar a Selic, a taxa básica de juros, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece nesta quarta-feira 19.

A expectativa é que o percentual da Selic siga em 10,5%. Em comunicados, o Bradesco, Santander, Itaú e BTG Pactual foram unânimes na previsão em relação ao índice.

Isso se deve à preocupação expressadas pelo BC na última reunião do Copom com as expectativas de inflação acima da meta. “Entendemos que não há mais espaço para cortes adicionais de juros”, afirma o Itaú.

O baixo ritmo no corte de juros tem sido criticado pelo presidente Lula (PT) e por entidades do setor produtivo, como a Confederação Nacional da Indústria.

O presidente chegou a afirmar nesta sábado 15 que “estamos reféns” do sistema financeiro.

“Ninguém fala da taxa de juros de 10,25% em um país com uma inflação de 4%. Pelo contrário, dão uma festa para o presidente do Banco Central”, afirmou, em referência ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.

No começo do ano, a CNI cobrou “maior agressividade” do BC na redução da taxa de juros. ““É necessária e desejável maior agressividade do Copom para que ocorra uma redução mais significativa do custo financeiro suportado por empresas”, afirmou à época.

O atual percentual da Selic coloca o Brasil como o segundo país no ranking dos maiores juros reais do mundo, segundo um estudo divulgado pela consultoria MoneYou.

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