Bradesco, Santander e Itaú aderem ao novo programa de renegociação de dívidas do governo

A medida, uma das bandeiras de campanha do presidente Lula, deve beneficiar cerca de 30 milhões de CPFs negativados

Em julho de 2022, os bancos formam a maior fatia de credores no País; mais de 60% das dívidas dos brasileiros são com o setor. Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Apoie Siga-nos no

Os três maiores bancos privados do País – Bradesco, Itaú e Santander – devem aderir ao Desenrola, o recém-lançado programa de renegociação de dívidas do governo federal.

Poderão participar do Desenrola, que começa a valer em julho, devedores, credores e agentes financeiros. Em relação aos devedores, o programa divide a categoria em duas faixas.

A medida, uma das bandeiras de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve beneficiar cerca de 30 milhões de CPFs negativados. Hoje, existem no País mais de 70 milhões de inadimplentes, segundo dados da Serasa Experian.

O processo de renegociação ocorrerá em uma plataforma na qual os credores apresentam as dívidas com descontos. Os devedores, por sua vez, utilizarão o sistema para concordar com o refinanciamento sob as novas condições.

Os dois bancos estatais – Banco do Brasil e a Caixa –, entretanto, ainda não declararam adesão ao programa.

O BB informou, em comunicado, que apoiou o governo federal na concepção e modelagem do Desenrola, em conjunto com as demais instituições financeiras, por meio da Febraban, mas que aguarda a regulamentação do Programa para formalizar sua habilitação.


A Caixa, em nota, diz que os impactos operacionais e financeiros da MP que regulamenta o programa estão em avaliação pelo banco.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.