Conselho da Petrobras propõe pagamento de 50% dos dividendos extraordinários

A decisão final sobre a distribuição dos proventos deve ser definida em reunião marcada para o dia 25 de abril

Petrobras. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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O Conselho da Petrobras definiu nesta sexta-feira 19, pelo pagamento de 50% dos dividendos extraordinários que haviam sido integralmente retidos.

Os dividendos são a parcela do lucro que uma empresa passa aos acionistas. Em março, a Petrobras decidiu não distribuir o montante e deixar a quantia em uma conta de reserva que poderia ser usada para cobrir futuros investimentos.

Agora, a proposta de pagamento de 50% será discutida na Assembleia Geral Extraordinária, marcada para 25 de abril, mesmo dia da Assembleia Geral Ordinária. 

A distribuição dos proventos da Petrobras foi alvo de discussões recentes e o presidente da empresa, Jean Paul Prates, chegou a afirmar que o tema não seria discutido pelo Conselho na reunião.

No entanto, no comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras afirma que a distribuição não comprometeria a estabilidade financeira da companhia ao se considerar cenários dinâmicos.

Além disso, também propõe que a eventual distribuição dos 50% remanescentes, a título de dividendos intermediários, seja avaliada pelo conselho de administração ao longo do ano.


O pagamento de metade dos proventos é estimado em 43,9 bilhões de reais. 

Se aprovada a proposta da distribuição, cerca de 6 bilhões de reais chegarão como reforço ao caixa da União, principal acionista da companhia.

Até o início do mês, a retenção de 100% dos dividendos aos acionistas era defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

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1 comentário

joao medeiros 21 de abril de 2024 11h40
Parabéns a Petrobrás! Visto que, no governo anterior, foi enxovalhada e vendido seus ativos para cobrir os rombos do governo. Pelo visto, está sendo recuperada e, cumprindo seu papel no desenvolvimento do país, implantando uma política previsível sem mentiras ou maquiagem contábil para distribuição dos lucros. O risco que existe é somente da inveja, intrigas, mau olhado e ganância interna e externa.

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