O dólar fechou com novo patamar recorde nesta quarta-feira 4, cotado a 4,58 reais. É a 11ª alta consecutiva da moeda americana. A elevação é de 1,51%, percentual mais alto desde 8 de novembro de 2019, quando o dólar subiu 1,82%.
Na noite de terça-feira 3, o Banco Central afirmou, em nota, que “monitora atentamente os impactos do surto de coronavírus nas condições financeiras e na economia brasileira”.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), concluiu-se que o eventual prolongamento ou intensificação do surto implicaria em uma desaceleração adicional do crescimento global, com impactos sobre os preços das commodities e de ativos financeiros.
“À luz dos eventos recentes, o impacto sobre a economia brasileira proveniente da desaceleração global tende a dominar uma eventual deterioração nos preços de ativos financeiros. O Banco Central enfatiza que as próximas duas semanas permitirão uma avaliação mais precisa dos efeitos do surto de coronavírus na trajetória prospectiva de inflação no horizonte relevante de política monetária”, escreveu a autarquia.
O Banco Central dos Estados Unidos também fez um corte de juros de 0,5%, para a faixa de 1% a 1,25% ao ano, contribuindo para especulações sobre piora nos impactos do coronavírus.
O crescimento pífio do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também influenciou o humor de investidores. Em coletiva onde daria explicações sobre o baixo percentual, o presidente Jair Bolsonaro levou um humorista que distribuiu bananas aos jornalistas.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login