Economia

Emprego formal cresce pelo quarto mês consecutivo

Foram criadas quase 36 mil vagas com carteira assinada em julho, número superior às 9,8 mil de junho

Indústria foi responsável por 12.594 novas vagas
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A economia brasileira criou 35,9 mil postos de trabalho com carteira assinada em julho, resultado de 1.167.770 admissões e 1.131.870 desligamentos segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira 9 pelo Ministério do Trabalho. Foi o quarto mês consecutivo de aumento nas vagas formais. No mês anterior, foram 9.821 novas vagas.

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Os mais recentes dados sobre o mercado de trabalho mostram que o desemprego parou de aumentar. Boa notícia à primeira vista, mas que precisa ser olhada mais de perto: precarização e a desistência da busca por trabalho podem explicar o comportamento dos números. E a reforma trabalhista, sancionada pelo presidente Michel Temer, pode fazer com que um cenário conjuntural passe a ser estrutural.

Setores econômicos

O principal responsável pelo desempenho de julho foi o setor da Indústria da Transformação, onde foram criadas 12.594 vagas. O número foi puxado pela indústria de produtos alimentícios, que gerou 7.995 postos, e pela indústria do material de transporte, que criou 2.282 postos.

A Construção Civil, após 33 meses de saldos negativos, criou 724 vagas formais em julho. A última vez de saldo positivo no setor foi em setembro de 2014. Também indica tendência de consolidação desse crescimento o desempenho dos Serviços, que geraram 7.714 novas vagas em junho, especialmente no subsetor de comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos profissionais, em que boa parte das atividades está relacionada à construção civil.

O Comércio também teve desempenho positivo tanto no atacado quanto no varejo. O resultado foi um saldo de 10.156 novas vagas. E a Agropecuária também segue gerando empregos formais, com a criação de 7.055 postos a mais em julho, principalmente por causa da cana-de-açúcar e do café.

Apenas oito subsetores apresentaram performance negativa no último mês. Nessa situação, destacaram-se a Indústria da Borracha e do Fumo, com fechamento de 2.318 vagas, os Serviços Industriais de Utilidade Pública, com menos 1.125 vagas e a atividade de ensino, com 9.774 postos de trabalho a menos.

Das 27 unidades da federação, o resultado foi positivo em 20, com destaque para São Paulo, Mato Grosso e Goiás. Em termos regionais, o emprego cresceu em quatro das cinco regiões, sendo negativo apenas no Sul.

IBGE

No próximo dia 31 de agosto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os dados do mercado de trabalho que fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad) contínua, com dados do trimestre encerrado em junho.

Os dados do IBGE são considerados mais realistas, pois englobam também o emprego informal e são apurados por pesquisa, com base em quem está procurando por emprego, e não pelos dados informados pelas empresas, como o Caged.

Os últimos dados são positivos, mas ainda não apontam recuperação. O número de brasileiros em busca de um emprego atingiu 13,5 milhões no trimestre encerrado em maio de 2017. Com isso, a taxa de desocupação atingiu 13%.

 

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