Economia

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Fora de compasso

O governo retomou a iniciativa, mas falta coordenação nas ações para reerguer a manufatura

Caminhos. O cargueiro KC-390, da Embraer, é quase um “puro-sangue” de criação do Estado. O hidrogênio verde abre numerosas oportunidades ao País – Imagem: Complexo de Pecém/GOVCE e Sgt Muller Marim/FAB
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A estagnação da indústria no primeiro ano de Lula contrasta com a grande quantidade de ações neoindustrializantes lançadas pelo governo federal. Os anúncios quase diários de iniciativas na área são excelente novidade, diante da desindustrialização intensificada no último governo. Em Brasília e na iniciativa privada, cresce, porém, a percepção de que as ações não estão sendo bem articuladas. O descompasso resulta em avanços localizados, para o conjunto da indústria e a economia em geral, e retarda a convergência rumo a uma política industrial capaz de evitar nova derrapagem na tentativa de recuperar a manufatura em termos contemporâneos.

O silêncio do governo sobre as necessidades de investimento em infraestrutura é um sintoma desse descompasso. Especialistas têm sérias dúvidas quanto à possibilidade de um somatório de iniciativas de porte relativamente reduzido encaminhar uma transformação com a envergadura necessária às exigências da atual concorrência industrial global.

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