Economia

Lula defende carne isenta de imposto e sugere diferenciar tributação de produto in natura e processado

O presidente relembrou a promessa de campanha, nas eleições de 2022, de que o povo voltaria a ‘comer picanha e tomar cerveja’

Brasília (DF), 03/07/2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de lançamento do Plano Safra 2024/2025. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O presidente Lula (PT) voltou a defender, durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta-feira 3, a isenção de impostos sobre carnes na reforma tributária e sugeriu como alternativa separar a tributação de carne in natura da processada.

Ele também relembrou a promessa de campanha, nas eleições de 2022, de que o povo voltaria a “comer picanha e tomar cerveja”.

“Carne entra? Fica? Na verdade não temos como separar, vamos ter que entender que possivelmente a gente tenha que separar carne in natura e processada, mas vou ficar feliz se puder comprar carne sem imposto”, disse o petista.

Dois grupos de trabalho montados na Câmara dos Deputados discutem quais itens devem fazer parte da cesta básica, cujos alimentos mais consumidos terão uma tributação menor ou até mesmo zerada com a reforma.

Conforme a proposta que o Ministério da Fazenda enviou ao Congresso, as proteínas animais estariam na chamada cesta básica estendida, com desconto de 40% sobre a alíquota padrão.

Na terça-feira, Lula já havia defendido isentar carnes durante entrevista à Rádio Sociedade, da Bahia. “A carne chique pode pagar um impostozinho. O frango, o músculo, o acém, o coxão mole, tudo isso pode ser evitado.”

O Planalto trabalha para aprovar a regulamentação da reforma tributária antes do recesso parlamentar, que começará em 17 de julho. Havia a expectativa de que o texto final dos GTs fosse apresentado nesta quarta, mas os integrantes dos grupos decidiram adiar a conclusão do parecer para quinta-feira.

A definição ocorreu durante uma reunião de mais de oito horas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Na saída da residência oficial da Casa, parlamentares evitaram antecipar as alterações realizadas.

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