Economia

Mercado de veículos eletrificados cresce 146% no primeiro semestre de 2024

Número de emplacamentos em junho é o terceiro maior para um mês na série histórica organizada por representantes do setor

Mercado de veículos elétricos teve bons resultados no primeiro semestre - Foto: José Cruz/Agência Brasil
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O mercado de veículos eletrificados no Brasil mais que dobrou no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2023. Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), foram 79 mil emplacamentos de veículos leves do tipo nos primeiros seis meses do ano, contra 32 mil entre janeiro e junho de 2023 – uma alta de 146%.

Junho de 2024 foi ainda o terceiro melhor mês de toda a série histórica para este esse mercado, segundo os registros da ABVE, que vêm desde 2012. Foram mais de 14 mil emplacamentos. Até o fim do ano, a entidade espera que o País registre o recorde de veículos eletrificados registrados, com mais de 150 mil unidades.

O termo “eletrificados”, usado pela indústria, abraça diferentes tecnologias, como os 100% elétricos; os híbridos com bateria com carregamento externo (plug-in); os híbridos sem carregamento externo; e os micro-híbridos de baixa eletrificação.

Ao divulgar os dados, a ABEV celebrou a sanção, no último dia 27 de junho, do Programa Mover. A iniciativa assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai dar incentivos fiscais a empresas do setor automotivo que passem a investir em sustentabilidade.

Por outro lado, a indústria dos elétricos questiona o aumento das alíquotas do Imposto de Importação dos veículos eletrificados, que entraram em vigor no último dia 1º. Há previsão de novos aumentos até 2026. O setor indica que vai pressionar por mudanças.

“Os veículos elétricos são produtos de alto grau de tecnologia, que contribuem para a redução da poluição urbana, das emissões de gases do efeito estufa e dos altos níveis de ruído nas cidades brasileiras. Não nos parece cabível que esses veículos venham a ser taxados como se fossem produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente, o que absolutamente não é o caso”, ponderou o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, em nota.

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