Os patos de sempre

Os pobres pagam a conta da crise global

Imagem: Fernando Frazão/ABR

Apoie Siga-nos no

Só a elevação dos juros nos Estados Unidos neste ano levará à perda de perto de 360 bilhões de dólares da receita futura dos países em desenvolvimento (China excluí­da) e empurrará o mundo para uma recessão maior do que aquela de 2008, alerta a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. Os países em desenvolvimento “queimaram” até o momento cerca de 379 bilhões de dólares em reservas para sustentar suas moedas, quase o dobro dos novos direitos especiais de saque recentemente alocados pelo Fundo Monetário Internacional. Também sofreram significativa fuga de capitais, de modo que os fluxos líquidos se tornaram negativos desde o último trimestre de 2021. Ou seja, os países em desenvolvimento têm financiado os desenvolvidos. “O verdadeiro problema enfrentado pelos formuladores de políticas não é uma crise de inflação causada por muito dinheiro para poucos bens, mas uma crise de distribuição, com muitas empresas a pagar dividendos bem altos, muitos indivíduos sobrevivendo com o salário mês a mês e muitos governos sobrevivendo com cada pagamento de títulos”, afirmou Richard Kozul-Wright, chefe da equipe que elaborou o relatório.

Imagem: Sam Barnes/WebSummit


(DES)CREDIT SUISSE

Imagem: iStockphoto

Leia essa matéria gratuitamente

Tenha acesso a conteúdos exclusivos, faça parte da newsletter gratuita de CartaCapital, salve suas matérias e artigos favoritos para ler quando quiser e leia esta matéria na integra. Cadastre-se!

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.