‘Pergunta para o vírus’, diz Bolsonaro sobre chance de prorrogar auxílio

Presidente voltou a criticar medidas de isolamento social para conter disseminação do novo coronavírus

Presidente Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR

Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira 24 que espera que não seja preciso prorrogar o auxílio emergencial e voltou a criticar as medidas de isolamento social adotadas por prefeitos e governadores durante a pandemia do novo coronavírus.

 

 

Questionado por um apoiador se o governo planeja estender o pagamento do benefício, o presidente respondeu: “Pergunta para o vírus. A gente se prepara para tudo, mas tem que esperar certas coisas acontecerem. Esperamos que não seja necessário porque é sinal de que a economia vai pegar e não teremos novos confinamentos no Brasil”.

Na sequência, Bolsonaro tornou a se manifestar contra a adoção de medidas de isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus. “Desde o começo, eu nunca fui a favor do confinamento. Sempre defendi a ideia do isolamento vertical, mas, infelizmente, a decisão coube aos governadores e prefeitos”, declarou o presidente em frente ao Palácio da Alvorada no fim da tarde desta terça.


Na segunda-feira 23, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, do ponto de vista do governo federal, não haverá prorrogação do auxílio emergencial para o ano que vem.

“Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força. Então, do ponto de vista do governo, não existe a prorrogação do auxílio emergencial”, afirmou o ministro em videoconferência.

 

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.