Porto de Santos sai da lista de privatizações e ministro anuncia R$ 13,4 bilhões em investimentos

Atualmente quem administra o Porto de Santos é a Santos Port Authority S. A., empresa pública vinculada ao governo federal

Porto de Santos, maior terminal de cargas do Brasil. Foto: Ministério da Infraestrutura/Reprodução

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O Porto de Santos, considerado o maior do Brasil, deixou o plano de desestatização do governo federal, anunciou nesta sexta-feira 27 o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Além disso, o Complexo Portuário vai receber R$ 13,4 bilhões num período de oito a dez anos.

O ministro visitou nesta sexta o Complexo Portuário e anunciou as medidas. “Alinhado com o que foi determinado pelo presidente Lula, estamos formalizando a não privatização do Porto de Santos. Mesmo o porto público, tem muita PPP que pode ser feita dentro. É nesse sentido que a gente quer trabalhar”, disse.

A privatização do Porto de Santos era um dos desejos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já havia enviado uma minuta do edital de concessão ao Tribunal de Contas da União.

O processo de desestatização do complexo foi pausado pelo governo Lula (PT) no começo do ano e agora foi cancelado oficialmente. Atualmente quem administra o Porto de Santos é a Santos Port Authority S. A., empresa pública vinculada ao governo federal.

Investimentos previstos

Serviços de adequação e dragagem de aprofundamento de berços, reforma do cais da Ilha Barnabé, melhorias na avenida perimetral, implantação do sistema de gerenciamento do tráfego de navios, obra de acesso do túnel Santos-Guarujá, estão entre os principais projetos previstos para o Porto de Santos.

A apresentação do projeto inicial da ligação seca Santos-Guarujá está prevista para os próximos meses.


No ano passado, Santos movimentou 162,4 milhões de toneladas de carga em 2022. Em relação a 2021, o resultado apresentou um crescimento de 10,5%. O volume de embarques cresceu 15,1%, alcançando 118,7 milhões de toneladas.

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