Economia

Prévia da inflação desacelera em maio, mas chega a 12,2% em 12 meses

Indicador registrou avanço de 0,59% no mês

. Foto: Lucas G Marteli
Apoie Siga-nos no

O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, desacelerou na passagem de abril para maio. O índice registrou alta de 0,59% ante taxa de 1,06% no indicador fechado do mês. Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 4,93% no ano. Em 12 meses, chegou a 12,2%.

Analistas ouvidos pela Reuters projetavam alta de 0,45% no mês. Os dados são do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) e foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira.

Alguns contribuíram para a desaceleração da taxa de inflação na prévia do mês de maio. Um deles foi a alteração da bandeira tarifária de Escassez hídrica para verde, o que levou a uma queda nas tarifas de energia elétrica. Isso não significa, porém, que o consumidor não sinta um peso no bolso na hora de pagar a conta de luz. Em 12 meses, a energia elétrica subiu cerca de 20%.

Inflação elevada por mais tempo

Em meio aos choques na economia global, como os recentes lockdowns na China por causa da Covid-19, e a guerra na Ucrânia, a persistência da alta dos preços tem levado analistas a projetarem um IPCA ainda mais elevado para este ano.

Analistas já esperam que inflação fique mais próxima de 9% em 2022, com um ciclo de alta dos juros mais duradouro. Atualmente, a taxa Selic está em 12,75% ao ano, maior patamar desde fevereiro de 2017. Desde a divulgação do IPCA de abril, que mostrou uma alta de preços generalizada, economistas estimam que os juros podem ir até 14% ao ano.

[leia-tbm id=”274230″

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo