Economia

assine e leia

Sem fumaça

O governo federal estabelece uma abrangente política de combustíveis renováveis

Apostas. A gasolina de aviação terá adição de 10% de etanol até 2037. A palma produz dez vezes mais óleo por hectare do que a soja – Imagem: iStockphoto
Apoie Siga-nos no

Com o lançamento do Programa Combustível do Futuro na quinta-feira 14, o governo Lula completa o tripé de sustentação da sua estratégia para a descarbonização e o enfrentamento das mudanças climáticas, além de indicar um rumo para a indústria e o setor de transportes. Ao mesmo tempo, aponta o caminho para a inserção internacional do Brasil no momento em que há uma corrida de países e empresas para remontar as cadeias produtivas globais em bases estáveis e a partir de energia limpa. Além do programa, apoiado na autossuficiência do País em combustíveis renováveis, o tripé inclui a bioeconomia e a preservação ambiental e conta também com forte inserção internacional. O conjunto constitui, segundo alguns especialistas, o maior projeto de descarbonização do mundo.

O programa consiste em um conjunto de iniciativas para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e a emissão de gases de efeito estufa, com previsão de investimentos de 250 bilhões de reais. O lançamento ocorre uma semana depois do anúncio, por Lula, pelo premier indiano Narendra Modi e pelo presidente norte-americano Joe Biden, em reunião paralela à do G-20, da Aliança Global de Biocombustíveis, grupo com 19 países que, segundo a coordenação do encontro, “pretende acelerar a adoção global de biocombustíveis, facilitar os avanços tecnológicos, intensificar a utilização de biocombustíveis sustentáveis e moldar o estabelecimento de padrões robustos e a certificação através da participação de um amplo espectro de partes interessadas”. A aliança também funcionará como um repositório central de conhecimento e um centro de especialistas. A GBA visa ainda servir como uma plataforma de promoção da colaboração global para o avanço dos biocombustíveis. Brasil, Índia e EUA estão entre os cinco principais produtores de etanol do mundo.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo