A posse do líder

A fuga de Bolsonaro propicia o feliz encontro de Lula com o seu povo

Os representantes do povo brasileiro chegam para transmitir a faixa e ao chefe botocudo Raoni cabe um papel importante - Imagem: Mônica Zarattini e Sergio Lima/AFP

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Lula concluiu a epopeia do menino nordestino que veio a São Paulo na boleia de um caminhão para ascender ao longo dos anos ao comando da Nação. Pronunciados foram dois discursos, um no Congresso, outro no parlatório do Palácio do Planalto, para a multidão aglomerada na Praça dos Três Poderes. Foram falas extremamente substanciosas, traçadas para definir a pauta do governo destinado a enfrentar os problemas brasileiros, a fim de resolvê-los no menor espaço de tempo possível.

A tônica confere aos problemas sociais uma primazia às condições do povo brasileiro, atingido pela miséria e pela fome, ou seja, por um desequilíbrio monstruoso na distribuição de renda. Neste momento, o presidente se comove e, como já se deu em muitas outras ocasiões, as lágrimas fortalecem o pronunciamento. Em busca do equilíbrio, o presidente anuncia uma série de providências determinantes nos campos da Educação e da Saúde: é o encaminhamento de um programa de bem-estar social de largo alcance.

Uma aliança decisiva – Imagem: Sergio Lima/AFP

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2 comentários

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 8 de janeiro de 2023 03h44
Foi um discurso comovente, com um bonito simbolismo na passada da faixa presidencial pelas pessoas que representaram o povo brasileiro, dentre as quais o cacique Raoni. Na fala em si, eivada de críticas ao governo que quase destruiu o país e as instituições, Lula foi contundente. Bolsonaro desrespeitou as mulheres, LGBTs, povos indígenas, homens e mulheres negras, pobres, trabalhadores, nordestinos, enfim, Bolsonaro foi o pior governante que esse país já teve e seus colaboradores também responsáveis por um governo que fez o país retroceder em 4 anos pelo menos uns 20 anos. Não teve nem a dignidade de ficar e cumprir a liturgia de passagem de faixa, fugiu pateticamente para Miami. Agora , o presidente Lula terá um imenso desafio. Para isso compôs um ministério um tanto heterogêneo com alguns representantes da vertentes ideológicas de centro e centro direita, mas capitaneado pelo PT, numa frente ampla democrática. Agora é governar e trabalhar para reconstruir o país com pessoas que podem divergir ideologicamente, mas devem convergir em nome da governabilidade e em prol de um projeto de desenvolvimento, reindustrialização, inclusão social além da diminuição das desigualdades. Agora Lula é o Brasil, o gigante adormecido e tão maltratado pelo bolsonarismo e as famigeradas elites predatórias. Parabéns Mino por sempre estar do lado certo da história.
MARIA ELENA BASSOLS PEGADO CORTEZ 6 de janeiro de 2023 20h17
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