Educação

Bolsonaro revoga MP que permitia a Weintraub nomear reitores em universidades

Decisão do presidente ocorre após Davi Alcolumbre devolver o texto ao Palácio do Planalto

O ministro da Educação, Abraham Weintraub. Foto: Walterson Rosa/MEC
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro revogou a Medida Provisória 979/2020, em que dava poderes ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, para nomear reitores nas universidades federais. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), nesta sexta-feira 12.

Na quarta-feira 10, Bolsonaro havia entregue ao Congresso Nacional um texto que excluía a necessidade de consultar professores e estudantes da comunidade acadêmica para nomear os dirigentes das universidades. Mas a proposta foi mal recebida pelos parlamentares.

No mesmo dia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a medida é “inconstitucional”. Nas redes sociais, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), informou que o texto viola a autonomia e a gestão democrática das universidades e decidiu devolver a MP para o Palácio do Planalto.

 

“Cabe a mim, como presidente do Congresso Nacional, não deixar tramitar proposições que violem a Constituição Federal. O Parlamento permanece vigilante na defesa das instituições e no avanço da ciência”, escreveu Alcolumbre.

A ação de Alcolumbre não tiraria a validade da MP de Bolsonaro, porque este tipo de texto tem vigência imediata. No entanto, para se tornar lei, uma MP tem que ser aprovada por votação entre parlamentares, em prazo determinado. Sem a votação dentro do prazo, a MP “caduca” e perde a validade.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo