Educação

Brasil se recupera do baque da pandemia e alfabetiza 56% de crianças na idade certa

O governo Lula projeta para 2030 a meta de 80%. ”Progredimos, porém ainda temos um longo caminho a percorrer’, diz o ministro da Educação

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Educação, Camilo Santana. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Ministério da Educação anunciou, nesta terça-feira 28, que 56% das crianças que estudam em escolas públicas foram alfabetizadas na idade certa em 2023. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, o Inep, considera o 2º ano do Ensino Fundamental como parâmetro para a alfabetização.

O dado faz parte dos primeiros resultados do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, um programa do governo federal lançado em julho de 2023.

O País recuperou o desempenho de alfabetização anterior à pandemia de Covid-19, que era de 55%. Na crise sanitária, o índice foi a 36%.

O cálculo do Indicador Criança Alfabetizada parte do alinhamento nacional dos dados apurados pelas avaliações aplicadas pelos estados em 2023, que contou com a participação de 85% dos alunos das redes públicas.

Segundo o governo, 100% dos estados e 99,8% dos municípios aderiram à iniciativa, que investiu mais de 1 bilhão de reais em ações que contemplam formação, aquisição de materiais pedagógicos e criação de cantinhos de leitura nas escolas.

A iniciativa ainda projeta para 2030 a meta de 80% de crianças alfabetizadas na idade certa.

“É importante comemorar, mas ainda estamos muito longe, porque não queremos apenas metade das nossas crianças alfabetizadas na idade certa, queremos 100%”, declarou o ministro da Educação, Camilo Santana (PT). “Progredimos, porém ainda temos um longo caminho a percorrer.”

O presidente Lula (PT) também reforçou o compromisso do País de alcançar 100% das crianças alfabetizadas ao fim do 2º ano do Ensino Fundamental.

“Não tem nenhum motivo de orgulho você constatar que, em 2019, só tínhamos 55% das crianças alfabetizadas, e que na pandemia caiu para 36%”, avaliou. “Estamos propondo que até 2030 a gente chegue a 80%, o que é uma coisa nobre, mas pequena, porque precisamos chegar a 100%.”

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