Educação
Camilo mantém nome do governo Bolsonaro na coordenação de políticas do Ensino Médio
A recondução de Fernando Whirtmann Ferreira ao cargo coincide com o momento em que o governo Lula é pressionado pela revogação do Novo Ensino Médio
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/02/Camilo-Santana-Foto-José-Cruz-Agência-Brasil.png)
O ministro da Educação, Camilo Santana, decidiu manter à frente das políticas do Ensino Médio um profissional nomeado ao cargo pelo governo Bolsonaro.
Na quinta-feira 30, o ministro reconduziu Fernando Whirtmann Ferreira para o cargo de coordenador geral de Ensino Médio junto à Diretoria de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica, ligada à Secretaria de Educação Básica do MEC.
Em novembro de 2020, o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, designou Whirtmann para o mesmo cargo.
A recondução do coordenador ao cargo coincide com o momento em que o governo Lula (PT) é pressionado pela revogação do Novo Ensino Médio, em vigor desde que o ex-presidente Michel Temer chancelou a reforma da etapa da educação básica.
Antes de integrar os governos, Fernando Whirtmann Ferreira atuou como Diretor da Diretoria de Ensino Médio da Secretaria de Estado e Educação do Distrito Federal (SEEDF), de 2015 a 2020, tendo como uma de suas responsabilidades a implementação do currículo do Novo Ensino Médio nas escolas da rede pública do Distrito Federal.
A decisão de Camilo foi questionada pelo educador e cientista político Daniel Cara, que foi um dos coordenadores do grupo de educação na transição ao governo petista.
“Diante de todo o debate pela revogação ou revisão do Novo Ensino Médio, não faz nenhum sentido o atual MEC recolocar no Governo Lula o Coordenador-Geral de Ensino Médio do governo de Jair Messias Bolsonaro. Não encontro qualquer explicação plausível”, escreveu em suas redes sociais.
Diante de todo o debate pela revogação ou revisão do Novo Ensino Médio, não faz nenhum sentido o atual MEC recolocar no Governo Lula o Coordenador-Geral de Ensino Médio do governo de Jair Messias Bolsonaro. Não encontro qualquer explicação plausível. pic.twitter.com/VR2fuplivE
— Daniel Cara – Educação e Ciência (@DanielCara) March 31, 2023
A reportagem de CartaCapital questionou o Ministério da Educação, mas não recebeu resposta.
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