Educação

Contra Bolsonaro, secretários estaduais de educação mantêm aulas suspensas

Em pronunciamento, Bolsonaro questionou a quarentena para toda a população e o fechamento das escolas

Foto: Nina Lima/Agência O Globo
Apoie Siga-nos no

O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que representa as redes estaduais de educação no País, soltou uma nota nesta quarta-feira 25 afirmando que manterá a recomendação dos governadores do Estado quanto à suspensão das aulas presenciais.

A medida, diz o conselho, “é um ato de responsabilidade, para proteger não só a vida dos nossos estudantes e servidores, mas de todos aqueles que estão em seu entorno, especialmente os idosos e com doenças crônicas”.

As aulas presenciais estão suspensas nos 26 estados do País e no Distrito Federal, com interrupções de 15 a 30 dias, prazos que podem ser estendidos de acordo com as orientações para contenção do coronavírus. As redes estaduais reúnem 30.377 escolas e 15.958.041 alunos.

Algumas redes já começam a ofertar aos estudantes aulas a distância, caso do Amazonas, que iniciou a prática no último dia 23. O Estado vai ofertar diariamente conteúdos do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e também do Ensino Médio via canais abertos de televisão, por plataformas oficiais do governo e também via lives no Facebook e Instagram.

De acordo com o Consed, estados como Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro também já operam no modelo EAD. São Paulo deve iniciar em breve.

No pronunciamento feito na terça-feira 24, o presidente Jair Bolsonaro criticou as medidas adotadas pior governadores, como a quarentena, e questionou o fechamento das escolas, sugerindo que a população retome a vida normal. O presidente defende que seja adotado um modelo de isolamento vertical, que só caberia aos idosos. O modelo segue sendo discutido com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo