Educação
MEC desiste de retomar aulas presenciais em janeiro
Ordem pela retomada das aulas nas universidades federais havia sido publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira 2
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/12/MR.jpg)
O Ministério da Educação decidiu revogar a portaria que determinava o retorno das aulas presenciais em universidades federais a partir de janeiro. Uma nota oficial deve ser divulgada ainda nesta quarta-feira 2.
A ordem pela retomada das aulas havia sido publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta. Segundo a decisão, as instituições deveriam adotar um “protocolo de biossegurança”, definido na Portaria MEC nº 572, de 1º de julho de 2020, contra a propagação do novo coronavírus.
Diante da repercussão negativa, no entanto, o MEC recuou da determinação horas depois de publicado o DOU. À CNN Brasil, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que a pasta abrirá uma “consulta pública para ouvir o mundo acadêmico” e planejar a volta das aulas presenciais. “As escolas não estavam preparadas, faltava planejamento”, completou Ribeiro.
Na semana passada, em transmissão ao vivo nas redes sociais com o presidente Jair Bolsonaro, Milton Ribeiro defendeu o retorno de aulas presenciais ao falar sobre as redes estaduais e municipais de ensino.
“Claro que eu defendo, mas isso não depende da gente. Conforme o STF decidiu, isso está na mão de prefeitos e governadores. Vamos tomar todos os cuidados”, disse.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.