Educação

Professores do Paraná aprovam greve contra projeto de terceirização de escolas públicas

Iniciativa do governador Ratinho Junior (PSD prevê entregar a administração financeira de 200 escolas à iniciativa privada em 2025

O governador do Paraná, Ratinho Junior. (Foto: Rodrigo Felix Leal. /ANPr.) O governador Ratinho Junior. (Foto: Rodrigo Felix Leal. /ANPr.)
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Os professores da rede estadual do Paraná decidiram iniciar uma greve, a partir do dia 3 de junho, contra um projeto do governo Ratinho Jr. (PSD) que visa terceirizar as escolas públicas do estado.

A paralisação foi aprovada em uma assembleia remota realizada pelo APP-Sindicato no final de semana. Cerca de 89% da categoria aprovou a paralisação.

Os manifestantes se colocam contra um projeto do governador do político bolsonarista, batizado de ‘Parceiro da Escola’. A iniciativa prevê entregar a administração financeira de 200 unidades de ensino para a iniciativa privada em 2025.

O projeto, que deve ser enviado à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nos próximos dias, foi apresentado pelo governador ao lado do secretário de educação, Roni Miranda.

Segundo a Secretaria de Educação, a ideia é aproveitar que “uma empresa com comprovada expertise em gestão educacional cuida de toda a demanda administrativa. A terceirizada fica responsável pela segurança das escolas, administração, gestão de mobiliário, fornecimento de internet e seleção e contratação de professores temporários.”

O governo também informou que “não incorrerá em custos adicionais ou economias com a implementação deste projeto. Ou seja, o mesmo valor que é investido hoje será repassado à empresa”.

Não foi esclarecido, no entanto, quais critérios serão adotados e se será aberto algum tipo de concorrência para que empresas de educação possam fazer a gestão das escolas.

A iniciativa é vista pelo APP-Sindicato e por integrantes da oposição como uma forma de promover a privatização das escolas e, assim, enfraquecer a educação pública.

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