Vontade não basta

O governo avança em pautas relevantes, mas precisa ter orçamento adequado para combater as disparidades, avalia Matilde Ribeiro

As cotas no serviço público mexem nas estruturas, mas o efeito não é imediato, avalia – Imagem: ZeRosa Filho/Defensoria Pública do Ceará/GOVCE

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O terceiro governo Lula é o que mais conta com ministros negros desde o fim da ditadura, dentre eles Sílvio Almeida (Direitos Humanos), Anielle Franco (Igualdade Social), Margareth Menezes (Cultura) e Marina Silva (Meio Ambiente). Talvez essa presença negra na gestão tenha levado o governo a apresentar, logo na largada, um conjunto de iniciativas de alto poder simbólico, visando minimizar o racismo estrutural enraizado no Brasil. Na entrevista a seguir, concedida à repórter Fabíola Mendonça, a ex-ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, avalia os cem primeiros dias do governo Lula e fala da luta da população negra no enfrentamento ao racismo. A íntegra em vídeo está no canal de CartaCapital no YouTube.

CartaCapital: Como a senhora avalia os primeiros cem dias do governo Lula? Foi um período bastante turbulento, não?

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2 comentários

ricardo fernandes de oliveira 10 de abril de 2023 20h41
“Não peça licença para entrar na sala de nenhum colega seu, seja ministro ou ministra, porque eu estou te empossando como ministra igual a todos”. essa é uma fala de alguém que se dirige a outro que julga ser menos qualificado do que o primeiro. assim também se desenvolve o racismo: quando quem fala se julga em patamar superior, que pode aconselhar o outro, que é inferior.
Marcos Venicio Tavares de Amaral 8 de abril de 2023 15h52
O racismo estrutural no país é uma problemática que tem que ser combatida por um governo realmente democrático. As políticas de inclusão dos negros e pardos, que são maioria na população, devem continuar para que essa dívida que a sociedade tem com o modelo escravista seja sanada.

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