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Ex-ditador egípcio Hosni Mubarak é solto após seis anos na prisão

Tribunal absolveu o longevo autocrata, deposto e preso após a Primavera Árabe, de envolvimento nas mortes de manifestantes

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O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak foi libertado nesta sexta-feira 24 e deixou o hospital militar onde esteve detido durante boa parte dos últimos seis anos. Ele foi preso após a Primavera Árabe, em 2011, que pôs fim às três décadas de poder do ditador.

O octogenário saiu às 8h30 (hora local) do hospital de Maadi, no Cairo, e se dirigiu à sua residência no noroeste da cidade, informou o advogado do ex-presidente, Farid al Dib. Mubarak teria então, tomado café da manhã com a família e um grupo de amigos.

No início de março, o mais alto tribunal de apelação egípcio absolveu o ex-ditador de envolvimento nas mortes de 239 manifestantes durante a revolta de 2011. Mubarak, de 88 anos, era acusado de incitar os assassinatos durante a revolução, que durou 18 dias e em que cerca de 850 pessoas foram mortas.

Em 2012, um tribunal havia condenado o ex-presidente à prisão perpétua, e, dois anos depois, ele foi absolvido, e as acusações, arquivadas. O julgamento foi repetido devido a irregularidades no processo em que Mubarak foi inocentado. Em março, o tribunal de apelação rejeitou um recurso da acusação, que pediu uma nova repetição do julgamento.

Mubarak foi o primeiro dos líderes depostos na onda de revoltas no mundo árabe a ser julgado. Ele enfrentou uma avalanche de acusações, envolvendo desde corrupção à cumplicidade na morte dos manifestantes.

Em 2015, Mubarak e seus dois filhos foram condenados a três anos de prisão por apropriação ilegal de fundos públicos destinados aos gastos dos palácios presidenciais. No entanto, a sentença levou em conta o tempo de pena de prisão já cumprido. Ambos os filhos também foram libertados.

 

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