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O difícil resgate de jovens presos em caverna na Tailândia

Grupo de adolescentes e treinador foi encontrado após nove dias em local remoto e inundado. Complicada operação de resgate pode levar meses

Familiar de um dos jovens presos na caverna mostra imagem de quatro membros do grupo
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Equipes de resgate na Tailândia se preparam nesta terça-feira 3 para uma complicada operação para resgatar um grupo de garotos que foram encontrados após nove dias presos numa caverna inundada.

Os 12 adolescentes, com idades entre 11 e 16 anos, e seu treinador no time de futebol juvenil, de 25 anos, foram encontrados na segunda-feira 2 por mergulhadores britânicos a vários quilômetros da entrada da caverna, em uma elevação lamacenta cercada de água. Os garotos estavam magros e famintos, e alimentos e medicamentos foram levados até o local.

Os 13 membros da equipe de futebol Wild Boar ficaram presos na caverna no dia 23 de junho, após chuvas fortes inundarem a entrada principal do local. As equipes de resgate encontraram as bicicletas, chuteiras e mochilas próximas à abertura. Pegadas e marcas das mãos levaram ajuda até o local onde o grupo foi descoberto.

Os mergulhadores relataram que algumas das frases que ouviram dos jovens ao serem encontrados foram “obrigado!”, “que dia é hoje?” e “estamos com fome!”.

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Os militares tailandeses afirmaram que os jovens terão aulas de mergulho para conseguir deixar o complexo de cavernas de Tham Luang, localizado em Chiang Rai, no norte da Tailândia, e que é o quarto mais extenso do país, com cerca de 10 quilômetros. As cavernas ficam numa região fortemente atingida pelas monções.

“[Nos preparamos para] enviar alimentos adicionais para que possam suportar um período de ao menos quatro meses e treinaremos os 13 para que saibam mergulhar, enquanto continuamos a drenar a água”, disse o capitão da Marinha tailandesa Anand Surawan.

Ele não quis especular sobre quanto tempo o grupo ainda deverá passar na caverna, mas especialistas dizem que a operação de resgate poderá durar vários meses.

São vários fatores que dificultam a operação, começando pela condição física dos jovens após nove dias sem alimentos e o fato de que não sabem mergulhar com equipamentos. Os mergulhadores da equipe de elite da marinha levam seis horas para realizar o percurso longo e tortuoso.

As equipes utilizam 20 bombas de drenagem para reduzir o nível da água nas partes mais inundadas, mas as fortes chuvas e problemas mecânicos nos equipamentos dificultam a operação. Linhas telefônicas deverão ser estendidas através da caverna para permitir a comunicação dos jovens com seus familiares.

Se não for possível retirar os jovens através do mergulho nas águas lamacentas da caverna, há ainda a possibilidade de realizar uma perfuração do solo para chegar até o grupo ou ainda esperar que as águas retrocedam.

As autoridades afirmam que a prioridade no momento é fazer com que o grupo se fortaleça fisicamente. Previsões do tempo indicam fortes chuvas durante a semana. 

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