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Obama vai tentar impor controle de armas nos Estados Unidos

Após massacre de 20 crianças em Newtown, presidente dos EUA quer propor mudanças na legislação do país

Garotinha passa pela homenagem dos moradores de Newtown às vítimas do massacre. Foto: Emmanuel Dunand / AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu neste domingo 16, na cidade de Newtown, onde um jovem atirador matou 26 pessoas em uma escola primária, que fará tudo ao seu alcance para evitar novas tragédias como a “violência indescritível” que ocorreu no local. Citando os nomes das 20 crianças – com entre seis e sete anos – mortas no massacre, Obama pediu em uma cerimônia religiosa ecumênica em Newtown que todos “façam com que nosso país seja mais digno” em memória das vítimas, após transmitir aos familiares e amigos dos mortos “o amor e as orações” dos Estados Unidos.

Em seu discurso no auditório do colégio de Newtown, Obama perguntou a seus compatriotas se “estamos fazendo o suficiente para proteger nossas crianças”. “Refleti nestes últimos dias e, para sermos honestos, a resposta é não”. “Não podemos mais tolerar isto. Estas tragédias precisam acabar e, para por fim a isto, precisamos mudar. Podemos fazer melhor. Se há ao menos uma medida que possamos adotar para salvar uma criança (…) temos a obrigação de adotá-la”, disse Obama, lembrando que sua visita a Newtown é a quarta que realiza em seus quatro anos de mandato a cidades abaladas por massacres.

“Nas próximas semanas, vou me valer dos poderes que minhas funções me conferem para reunir meus concidadãos, desde os membros das forças da ordem até profissionais de psiquiatria e professores, com a finalidade de deter tragédias como estas”. “Não podemos aceitar que fatos como estes se tornem rotina. Estamos dispostos a admitir que somos impotentes diante destes massacres como o de Newtown? Que a situação política é demasiado difícil?” – perguntou o presidente sobre a posse de armas nos Estados Unidos.

“Estamos dispostos a dizer que uma violência como esta, da qual são vítimas ano após ano os nossos filhos, é de uma maneira ou outra o preço a pagar por nossa liberdade?” – desafiou Obama, indicando que vai liderar o debate sobre a venda e a posse de armas no país. A senadora democrata Dianne Feinstein anunciou que apresentará um projeto de lei assim que o novo Congresso assumir, em janeiro, para proibir a venda de fuzis de assalto à população. “Vou apresentar no Senado e o mesmo projeto será introduzido na Câmara baixa, um projeto para proibir este tipo de armas”, disse a senadora da Califórnia à rede NBC. Consultada se o presidente apoiaria a iniciativa, a legisladora respondeu que “acho que fará”.

Pedro Segarra, prefeito de Hartford, cidade capital de Connecticut, e cujo pai foi assassinado com uma arma de fogo, pediu este domingo a Washington que tome a iniciativa de deter “um apetite incrível” dos americanos por armas de fogo. Segarra disse que os cidadãos de Connecticut “são muito partidários da desmilitarização da nossa comunidade e de tirar essas armas das ruas”.

A imensa tristeza que pesa sobre Newtown deu lugar à apreensão neste domingo, antes da visita de Obama, quando uma igreja foi evacuada pela polícia depois de receber “ameaças” durante um culto em memória das vítimas do massacre. A igreja católica de Saint Rose of Lima e um prédio adjacente foram evacuados pela polícia, quando centenas de fieis participavam da missa dominical e choravam as vítimas do massacre na escola primária de Sandy Rock. Homens da SWAT entraram na igreja enquanto os sinos do templo tocavam repetidamente. Pouco depois, o alerta foi suspenso, mas o templo permaneceu fechado.

“Não há qualquer perigo para a igreja. Um telefonema preocupou a polícia, o suficiente para deflagrar a evacuação do local e uma verificação”, explicou Brian Wallace, porta-voz da diocese. “O prédio foi fechado para devolver a calma” e a missa desta noite está cancelada. O porta-voz da polícia de Connecticut, Paul Vance, confirmou oficialmente neste domingo que o jovem que cometeu o massacre na escola do ensino fundamental de Newtown era Adam Lanza, 20 anos, que se suicidou.

Vance também confirmou que Lanza primeiro assassinou sua mãe, em casa, antes de cometer o massacre na escola Sandy Hook, onde executou meninas e meninos com entre seis e sete anos de idade com um fuzil de assalto Bushmaster.23 O oficial destacou que a principal arma do massacre foi o fuzil Bushmaster, mas Lanza tinha duas pistolas e outro fuzil, encontrado no porta-malas do carro, além de muitos carregadores para cada uma das armas.

Segundo Vance, o assassino fez “centenas de disparos” dentro da escola antes de cometer suicídio com uma pistola. O oficial fez uma advertência sobre informações publicadas nas redes sociais, lembrando que ele é a única fonte confiável sobre a investigação do massacre. “Isto é um problema para nós porque há informações falsas publicadas nas redes sociais”, disse Vance durante entrevista coletiva em Newtown (nordeste).

Vance fez alusão a pessoas que se fizeram passar pelo assassino (Adam Lanza) ou que publicaram informações fazendo-se passar por policiais. “Serei muito claro: as informações relacionadas a este assunto que vocês encontram nas redes sociais não foram publicadas pela polícia de Connecticut, nem pela polícia de Newton, nem pelas autoridades”, insistiu.

O porta-voz acrescentou que “estes atos (os de publicar informação falsa) constituem delitos e investigações que são realizadas tanto pelos estados quanto ao nível federal. Aqueles que cometerem tais atos serão procurados”, advertiu.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu neste domingo 16, na cidade de Newtown, onde um jovem atirador matou 26 pessoas em uma escola primária, que fará tudo ao seu alcance para evitar novas tragédias como a “violência indescritível” que ocorreu no local. Citando os nomes das 20 crianças – com entre seis e sete anos – mortas no massacre, Obama pediu em uma cerimônia religiosa ecumênica em Newtown que todos “façam com que nosso país seja mais digno” em memória das vítimas, após transmitir aos familiares e amigos dos mortos “o amor e as orações” dos Estados Unidos.

Em seu discurso no auditório do colégio de Newtown, Obama perguntou a seus compatriotas se “estamos fazendo o suficiente para proteger nossas crianças”. “Refleti nestes últimos dias e, para sermos honestos, a resposta é não”. “Não podemos mais tolerar isto. Estas tragédias precisam acabar e, para por fim a isto, precisamos mudar. Podemos fazer melhor. Se há ao menos uma medida que possamos adotar para salvar uma criança (…) temos a obrigação de adotá-la”, disse Obama, lembrando que sua visita a Newtown é a quarta que realiza em seus quatro anos de mandato a cidades abaladas por massacres.

“Nas próximas semanas, vou me valer dos poderes que minhas funções me conferem para reunir meus concidadãos, desde os membros das forças da ordem até profissionais de psiquiatria e professores, com a finalidade de deter tragédias como estas”. “Não podemos aceitar que fatos como estes se tornem rotina. Estamos dispostos a admitir que somos impotentes diante destes massacres como o de Newtown? Que a situação política é demasiado difícil?” – perguntou o presidente sobre a posse de armas nos Estados Unidos.

“Estamos dispostos a dizer que uma violência como esta, da qual são vítimas ano após ano os nossos filhos, é de uma maneira ou outra o preço a pagar por nossa liberdade?” – desafiou Obama, indicando que vai liderar o debate sobre a venda e a posse de armas no país. A senadora democrata Dianne Feinstein anunciou que apresentará um projeto de lei assim que o novo Congresso assumir, em janeiro, para proibir a venda de fuzis de assalto à população. “Vou apresentar no Senado e o mesmo projeto será introduzido na Câmara baixa, um projeto para proibir este tipo de armas”, disse a senadora da Califórnia à rede NBC. Consultada se o presidente apoiaria a iniciativa, a legisladora respondeu que “acho que fará”.

Pedro Segarra, prefeito de Hartford, cidade capital de Connecticut, e cujo pai foi assassinado com uma arma de fogo, pediu este domingo a Washington que tome a iniciativa de deter “um apetite incrível” dos americanos por armas de fogo. Segarra disse que os cidadãos de Connecticut “são muito partidários da desmilitarização da nossa comunidade e de tirar essas armas das ruas”.

A imensa tristeza que pesa sobre Newtown deu lugar à apreensão neste domingo, antes da visita de Obama, quando uma igreja foi evacuada pela polícia depois de receber “ameaças” durante um culto em memória das vítimas do massacre. A igreja católica de Saint Rose of Lima e um prédio adjacente foram evacuados pela polícia, quando centenas de fieis participavam da missa dominical e choravam as vítimas do massacre na escola primária de Sandy Rock. Homens da SWAT entraram na igreja enquanto os sinos do templo tocavam repetidamente. Pouco depois, o alerta foi suspenso, mas o templo permaneceu fechado.

“Não há qualquer perigo para a igreja. Um telefonema preocupou a polícia, o suficiente para deflagrar a evacuação do local e uma verificação”, explicou Brian Wallace, porta-voz da diocese. “O prédio foi fechado para devolver a calma” e a missa desta noite está cancelada. O porta-voz da polícia de Connecticut, Paul Vance, confirmou oficialmente neste domingo que o jovem que cometeu o massacre na escola do ensino fundamental de Newtown era Adam Lanza, 20 anos, que se suicidou.

Vance também confirmou que Lanza primeiro assassinou sua mãe, em casa, antes de cometer o massacre na escola Sandy Hook, onde executou meninas e meninos com entre seis e sete anos de idade com um fuzil de assalto Bushmaster.23 O oficial destacou que a principal arma do massacre foi o fuzil Bushmaster, mas Lanza tinha duas pistolas e outro fuzil, encontrado no porta-malas do carro, além de muitos carregadores para cada uma das armas.

Segundo Vance, o assassino fez “centenas de disparos” dentro da escola antes de cometer suicídio com uma pistola. O oficial fez uma advertência sobre informações publicadas nas redes sociais, lembrando que ele é a única fonte confiável sobre a investigação do massacre. “Isto é um problema para nós porque há informações falsas publicadas nas redes sociais”, disse Vance durante entrevista coletiva em Newtown (nordeste).

Vance fez alusão a pessoas que se fizeram passar pelo assassino (Adam Lanza) ou que publicaram informações fazendo-se passar por policiais. “Serei muito claro: as informações relacionadas a este assunto que vocês encontram nas redes sociais não foram publicadas pela polícia de Connecticut, nem pela polícia de Newton, nem pelas autoridades”, insistiu.

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