Mundo
Trump e Netanyahu parabenizam Bolsonaro e preveem boas relações
Presidente dos EUA e primeiro-ministro de Israel conversaram ao telefone com o futuro mandatário


Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Benjamin Netayahu, primeiro-ministro de Israel, conversaram ao telefone com o presidente eleito Jair Bolsonaro, do PSL. Ambos preveem boas relações com o ex-militar, que costuma enaltecer os EUA e Israel em seus discursos.
Leia também:
Bolsonaro recebeu 3,2 milhões de votos a mais que Dilma em 2014
Oposição que nasce não se confunde com interesses mesquinhos, diz Ciro
Trump disse que teve “uma conversa muito boa” com Bolsonaro e enalteceu sua vitória “por uma margem substancial”. “Nós concordamos que o Brasil e os Estados Unidos vão trabalhar de forma próxima em temas como comércio, Forças Armadas e tudo mais! Ótima conversa, o parabenizo!”, completou o presidente norte-americano em sua conta no Twitter.
Had a very good conversation with the newly elected President of Brazil, Jair Bolsonaro, who won his race by a substantial margin. We agreed that Brazil and the United States will work closely together on Trade, Military and everything else! Excellent call, wished him congrats!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 29 de outubro de 2018
Já Netanyahu afirmou que tem certeza de que essas eleições “levarão a uma grande amizade entre nossos povos e o estreitamento dos laços entre Brasil e Israel”. Ele disse aguardar uma visita de Bolsonaro a seu país.
I spoke this evening with the president-elect of Brazil, @jairbolsonaro. I congratulated him on his victory. I told him I’m certain his election will lead to a great friendship between our peoples and a strengthening of Brazil-Israel ties. We are waiting for his visit to Israel!
— Benjamin Netanyahu (@netanyahu) 29 de outubro de 2018
O presidente eleito adota forte discurso pró-Israel. Ele já prometeu retirar a embaixada da Palestina do Brasil e defendeu a transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, como fez Trump. Não à toa, recebeu mais de 77% dos votos válidos no país governado por Netanyahu. Por outro lado, Fernando Haddad, do PT, teve porcentagem superior de votos em Ramallah, na Palestina.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.