Justiça

Caso Bruno e Dom: Justiça recebe denúncia contra 5 pessoas por ocultação de cadáver

Juiz não analisou o mérito, mas concluiu que a acusação reúne elementos suficientes para levar a uma ação penal

O Indigenista Bruno Araújo e o jornalista Dom Phillips. Foto: Daniel Marenco | Reprodução
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A Justiça Federal no Amazonas decidiu tornar réus cinco homens acusados de participar do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, em junho de 2022, no Vale do Javari. Eles responderão por ocultação de cadáver e corrupção de menor, já que teriam convencido um adolescente a participar do crime.

O juiz Lincoln Rossi Viguini, da 3ª Vara Cível e Criminal de Tabatinga, acolheu a denúncia do Ministério Público Federal em 10 de junho. O magistrado não analisou o mérito, mas concluiu que a acusação reúne elementos suficientes para levar a uma ação penal contra os suspeitos.

Quem são os réus:

  • Francisco Conceição de Freitas
  • Eliclei Costa de Oliveira
  • Amarílio de Freitas Oliveira
  • Otávio da Costa de Oliveira
  • Edivaldo da Costa de Oliveira

Esta é a segunda denúncia que o MPF apresenta contra envolvidos na morte de Bruno e Dom. Em julho de 2022, o órgão denunciou três homens – Amarildo da Costa Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira – pelos crimes de ocultação de cadáver, homicídio por motivo torpe e homicídio mediante emboscada.

Outra investigação, que tramita sob sigilo, tenta identificar possíveis mentores dos assassinatos.

Dom e Bruno foram mortos enquanto viajavam para entrevistar líderes indígenas e ribeirinhos em comunidades próximas ao Vale do Javari. O jornalista preparava um livro sobre a Amazônia, enquanto Bruno – licenciado da Funai desde 2020 – trabalhava como consultor técnico da Univaja.

Suspeito de ser o mandante do crime, o empresário Rubens Villar Pereira obteve habeas corpus da Justiça e está em liberdade provisória desde outubro passado, após pagar uma fiança de 15 mil reais.

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